quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Liberdade x Aparelhos

O problema da liberdade é assunto comum. Segundo Vilém Flusser, a filosofia da fotografia recoloca esse problema em parâmetros inteiramente novos. Hoje, em meio a tantas máquinas, o homem passa a alimentar aparelhos e ser por eles alimentados. Para conseguir se desvincilhar disso e quebrar o sistema, é necessário jogar contra o aparelho , de modo que consiga inovar e logo, obter liberdade perante esse sistema. Para branquear a caixa preta, é preciso conhecê-la a fundo, de modo que consiga produzir algo informativo, que não esteja presente em seu programa . Hoje, vivemos em um mundo similar ao previsto por George Orwell, no livro "1984", cuja história retrata uma sociadade na qual não é possível se ver livre de vigilância através de aparelhos, sociedade essa em que o cidadão não desfruta de liberdade em nenhum momento. A filosofia da fotografia aborda uma reflexão sobre as possibilidades de se viver livre em um mundo programado por aparelhos.

Hoje, por vivermos em sociedade imersa em novos meios digitais, é natural que se tenha que trabalhar com essas tecnologias, e o modo de conseguir inovar dentro desse sistema, é conhecendo-o a fundo. Entretanto, é raro quem conheça como eles funcionam, já que a grande maioria apenas usufrui das novas tecnologias como usuários.Citando como exemplo, na medida em que se conhece o sistema presente dentro de um computador, é possível quebrar o padrão estabelecido dentro desse programa e desse modo, transmitir uma mensagem que seja original. Burlar o sistema é o meio pelo qual o homem conseguirá ser livre, branquear a caixa preta é o único caminho para se tornar original.

Um comentário: